quarta-feira, 19 de novembro de 2008

I

A música me inspira. A música preenche a solidão que repousa. Preciso escrever, preciso expurgar essa necessidade de amar. Meu poeta, mesmo que distante, está aqui, na minha cabeça. Ainda o ouço.


II

A solidão repousa em mim
A música preenche o vazio
Jogo as palavras num papel qualquer
Jogo um jogo sem adversários
Um jogo de idéias
Preciso ocupar minhas mãos
Minha mente, meu corpo.
Não quero sentir o tempo
Preciso de um corpo que pesa contra o meu
Preciso do teu corpo
Do teu cheiro
Dos teus versos doces
Da tua boca nobre
Da tua língua que pulsa
Tento parar o relógio
Tento parar
Estou em abstinência
Contenho-me na cama vazia
Minhas mãos temem meu corpo
Que arde por amor

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